Bakunin e a etnografia

Vladimir Stozharov, Camponeses bebendo chá.
Fonte: Museu Romnensky de História e Conhecimento Local.


Os detalhes que se repetem cotidianamente são bem amiúde mais importantes e mais dignos de observação do que fatos proeminentes dos quais, evidentemente, nenhum escapará à vossa atenção. Estudando minuciosamente a vida material das pessoas simples que vos cercam, buscai penetrar o fundo de sua alma, seus hábitos coletivos no plano mental e moral, suas diversas relações na família e na sociedade, bem como a razão secreta de sua atitude em relação aos outros corpos sociais e as autoridades. O que pensam eles de seus direitos e de suas humilhações que, evidentemente, não faltam em nenhum lugar na Rússia? O que querem, a que aspiram e esperam algo? E de quem?[1].


Notas

[1]. BAKUNIN, Mikhail. Aonde ir e o que fazer [1873]. In: BAKUNIN, Mikhail. Os enganadores/A política da Internacional/Aonde ir e o que fazer? São Paulo: Faísca/Imaginário, 2009. 
 

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